
O cenário do marketing no Brasil está passando por uma verdadeira revolução. Pesquisas recentes indicam que o mercado de marketing digital brasileiro registrou um crescimento impressionante de 30% no último ano, movimentando bilhões de reais e se consolidando como um dos setores mais dinâmicos da economia. Essa expansão não é apenas um número, mas um reflexo direto de uma profunda transformação no comportamento do consumidor e na forma como as empresas se relacionam com seu público. Para muitas marcas, a presença online deixou de ser uma opção e se tornou uma questão de sobrevivência.
A ascensão do digital, acelerada significativamente pela pandemia, impulsionou as empresas a migrarem suas estratégias para o ambiente virtual. Hoje, o consumidor não apenas pesquisa produtos ou serviços online, ele vive em um ecossistema digital. Esse novo padrão exige uma postura estratégica das empresas, especialmente as pequenas e médias, que precisam se adaptar para não se tornarem invisíveis. Como aponta a especialista em marketing digital Priscila Ipirajá, “o consumidor de hoje não apenas pesquisa online, ele vive online. Empresas que ainda resistem em investir em presença digital estão, na prática, se tornando invisíveis para seu público. O marketing digital é uma questão de sobrevivência, e não apenas uma ferramenta de crescime1nto”.
Essa mudança de paradigma reflete-se diretamente no volume de investimento. De acordo com a IAB Brasil, os investimentos em mídia digital atingiram a marca de R$ 37,9 bilhões em 2024, o que representa cerca de 74% de todo o orçamento de marketing do país. Essa alocação de recursos mostra o reconhecimento do poder e do alcance das plataformas digitais. A criação de conteúdo, por exemplo, é uma das principais alavancas desse crescimento, com empresas apostando cada vez mais em estratégias de atração e engajamento que geram valor para o público.
Além da tecnologia, a humanização da comunicação se tornou um fator decisivo. Ferramentas que antes eram exclusivas de grandes corporações agora estão acessíveis para empresas de todos os portes. O segredo, no entanto, não está apenas na automação, mas em aliar a eficiência tecnológica a um posicionamento de marca autêntico, que crie conexões reais com o público. É nesse ponto que estratégias como o marketing de influência e a criação de vídeos curtos ganham destaque, pois permitem que as marcas se comuniquem de forma mais pessoal e direta. Priscila reforça que, embora a tecnologia ajude a escalar, a essência do marketing continua sendo contar histórias, gerar identificação e resolver dores reais do cliente, algo que nenhuma inteligência artificial consegue fazer sozinha.
O futuro do mercado de marketing digital no Brasil parece ainda mais promissor. A expectativa é que o setor continue sua trajetória de crescimento, impulsionado pela inovação tecnológica, como a inteligência artificial, e pela busca contínua por experiências de cliente mais personalizadas e imersivas. Para as empresas que souberem aproveitar essa onda, o marketing digital não será apenas um meio de vender mais, mas uma ferramenta poderosa para construir reputação, comunidade e uma base de clientes fiéis.